Mar Arável
Amanheces neste jardim de silencios
onde nada è exacto
nem a viagem que subscrevo
para agitar os pássaros
Talvez por isso vindime
até ao mosto
só para te nomear
mas quando fluis a voz
no deslise da chuva
e o vento em remoinho
te circula pernas acima
voo
demando os barcos
solto-me das palavras
neste jardim de silencios
tão verdes e penteados
onde ausente na curva dos dias
rente à fala
vais sepultando o corpo
a cantar
como um anjo à solta
Amanheces sem alegria mas cantas
e eu viajo ardendo
mesmo por cima das videiras
só para te ouvir cantar
Já tinha lido o poema no
ResponderExcluirEufrázio Filipe. Muito bonito.
Léo, é mais um poema muito bonito que encontro aqui. Tenha um ótimo fim de semana.
ResponderExcluirBelo e triste.
ResponderExcluirAgradeço a referencia
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