Saramar




Réquiem

Na festa vermelha dos sentidos,
verto o sangue do amor, incômoda utopia.

Dobro o corpo e me entrego,
sem remorso,
à féerica farsa dos tristes,
de quem ousou ter esperança.

Sobre a ilusão, enfim desfeita,
de fados,
de flores,
do amante em madrugadas
de íntimo e sereno desfalecer,
pousa a névoa do esquecimento.

Verto o sangue, sangro o seio.
Se pudesse secar o pranto,
seria suave a dor
pelo meu sonho de amor,
enfim morto.




Comentários

  1. Anônimo06:18:00

    Amor...incômoda utopia.
    Ninguém melhor que Saramar pra falar de amor.

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  2. Anônimo08:33:00

    Amores, quando se vão guardamos no coração.

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  3. Anônimo04:47:00

    Dobrei meu corpo,Sorvi o poema.
    Sangrei...
    Fantástico !

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  4. Saramar é luxo sempre!

    E nem precisa estar transcrita num pretinho básico!

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Não fazemos censura prévia mas os exageros serão deletados.

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