Margarida Monarca
"Saboreia-me a pele,
detém-te,
assim,
calado,
no fecho do meu vestido,
corre-me os dedos pelas costas,
desliza a seda pelo meu corpo
e os teus lábios pelo meu querer,
encontra-me assim,
quieta,
em sobressalto,
esperando-te,
sente-me o âmago,
suga-me o desejo,
segura-me contra ti,
derrete-me nessa tua posse
urgente,
ardente,
ata-me,
une-nos nesse abraço do corpo,
leva-me ao topo de ti
e deixa-me morrer assim,
empalada em ti..."
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