Perpétua Amorim
Inquietude
Quando aninha cá dentro
Uma saudade de não sei o que
Uma inquietude danada
Dessas de doer as entranhas
Misturando os sentimentos
Buscando uma estranha razão.
Mas quem disse que eu procuro razão?
Quero mesmo é divagar
Entre sonhos e pesadelos
Entre o real e o abstrato
Correr como corre o rio
Com sua língua desvairada
Lambendo pedras e ribanceiras
E sem culpa cuspir no mar.
Mas quem disse que eu procuro o mar?
Quero mesmo é pegar as estrelas
Olhar uma a uma na palma da mão
Fazer delas um banquete
Para o meu pobre andarilho
Que busca mais... Muito mais
Do que água e pão.
Mas quem disse que eu quero pão?
Quero mesmo é cavalgar por montanhas infindas
Atrás do meu ouro em potes
Que herdei de Ali Babá
Libertar-me da antiga túnica
E vestir meus sete véus
Engasgar-me com o que restou do vinho
E ser expulsa dos céus.
Mas quem disse que eu não quero os céus?
Mas quem disse que eu não quero os céus? Ha...eu quero...
ResponderExcluirJá ia esquecendo...linda imagem Léo!
ResponderExcluirSerá que queremos o que ainda não temos?
ResponderExcluirsua inspiração me comove Leo, mui lindo
Léo, fiquei muito feliz ao encontrar meu poema no seu bloq. Ficou linda a imagem que vc usou. Obrigada por divulgar o meu trabalho. Perpétua Amorim
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