Antonio Miranda Fernandes




Fantoche

Ao olhar a mesmice do mar
Não queria notar o fluir do tempo
E nele me sentir fantoche
Feito de descorados retalhos
Preso a cordéis de arames
Manipulados pela fatalidade
No esquecimento do vento

Ao olhar-me no espelho
Ele não fosse porta de camarim
E eu sorrisse de felicidade
Não tivesse rugas nos olhos
Tampouco os cabelos grisalhos
Nem sentisse títere de deboche
Sugando o melhor de mim




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