Francisco Galvão
À Paixão
Porque a tamanhas penas se oferece pelo pecado alheio e erro insano o terno Deus? Porque sujeito humano não pode com o castigo que merece? Quem padecera as penas que padece, quem sofrera desonra e tanto dano, ninguém senão somente o Soberano que reina, serve, manda e obedece? Foi a força do homem tão pequena, que não pode sofrer tanta aspereza, que não sustém a lei que Deus ordena: Sofreu aquela imensa fortaleza por puro amor à nossa vil franqueza; para o erro foi só, e não p’ra pena.
Porque a tamanhas penas se oferece pelo pecado alheio e erro insano o terno Deus? Porque sujeito humano não pode com o castigo que merece? Quem padecera as penas que padece, quem sofrera desonra e tanto dano, ninguém senão somente o Soberano que reina, serve, manda e obedece? Foi a força do homem tão pequena, que não pode sofrer tanta aspereza, que não sustém a lei que Deus ordena: Sofreu aquela imensa fortaleza por puro amor à nossa vil franqueza; para o erro foi só, e não p’ra pena.
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