Mimi
Eu?
Não tenho mais
o mesmo gosto.
Os humores
que me escorrem dos olhos,
da língua, do entre-pernas
têm textura mais densa e menos destilada.
Sabor dissipado em desamores.
Não tenho mais
o mesmo rosto.
O cabelo
é moldura de algo menos tenro
(ainda que menos tenso).
Está marcado pelo tempo
garimpado entre meu desvelo e teu desmazelo.
Não sou mais a mesma mulher;
sou soma de restos,
mosaico de sentimentos idos...
Sou sombra daquilo que entristeci:
Eu... envelheci.
Obrigada, Léo, fico muito orgulhosa de ler minhas letrinhas por aqui!
ResponderExcluir(e um tanto envergonhada, admito)
um abraço
Uau!
ResponderExcluirQue lindo Mimi, que lindo!
carinho meu procê e beijo babado de orgulho, rss
Façamos o seguinte Mimi. Nem o blogue é tudo isso que vc pensa e nem voce é tão menor do que Clarice Lispector. Poemas são feitos de e para corações. Eles desconhecem nomes.
ResponderExcluirAhhhhhhhhhhh.... Que coisa linda, gatinha Mimi, que é uma coisinha linda!
ResponderExcluirEu discordo totalmente desta sua visão poética de ser. Você não envelheceu, você continua a ser uma mulher interessantíssima, seu cabelo é maravilhoso e você é maravilhosa. Ponto final.
Mas parabéns pela bela poesia.
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.